Conheça CARMEN, o robô que ajuda pessoas com declínio cognitivo moderado
CARMEN é o acrônimo de Cognitively Assistive Robot for Motivation and Neurorehabilitation (Robô de Assistência Cognitiva para Motivação e Reabilitação, em português), projetado para auxiliar pessoas com declínio cognitivo moderado a desenvolver habilidades que melhorem a memória, a atenção e a execução de tarefas diárias.
O robô foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, em colaboração com médicos, pessoas com declínio cognitivo e cuidadores. O objetivo é minimizar as consequências negativas da condição dos pacientes, ensinando estratégias para contornar as limitações diárias, como mudanças de comportamento ou adaptações no ambiente.
Os pesquisadores programaram CARMEN para entregar uma série de exercícios simples de treinamento cognitivo. Por exemplo, o robô pode ensinar os participantes a criar lugares de rotina para deixar objetos importantes, como chaves; ou aprender estratégias de anotações para lembrar de coisas importantes. CARMEN faz isso por meio de jogos e atividades interativas.
O robô foi projetado para ser utilizado de forma independente, sem supervisão. Portanto, seu funcionamento é simples e não exige uma conexão de internet rápida. Também é capaz de se comunicar claramente com os usuários, expressar compaixão e empatia pela situação de uma pessoa; e fornecer intervalos após tarefas desafiadoras para ajudar a sustentar o engajamento.
O robô foi implantado por uma semana nas casas de médicos e pacientes, que responderam a questionários para avaliar a experiência. Os próximos passos da pesquisa incluem implantar o robô em um número maior de lares e dar ao CARMEN a capacidade de ter conversas com os usuários.
É importante ressaltar que, indivíduos com declínio cognitivo moderado têm problemas de memória e concentração mais acentuados do que outros da mesma faixa etária, embora os sintomas não sejam tão graves quanto os de uma demência. Essas pessoas, geralmente, conseguem manter sua autonomia. Cerca de 20% dos idosos acima de 65 anos apresentam essa condição.